terça-feira, 25 de agosto de 2015

PT e DEM juntos em Goiânia é o mesmo que acreditar em Papai Noel?


Presidente do PT metropolitano, deputado Luis Cesar Bueno reconsidera apoio do DEM na disputa ao Paço Municipal. Carlos Soares, líder de Paulo Garcia na Câmara, discorda
Vereador Carlos Soares (à esq), senador Ronaldo Caiado e o presidente metropolitano do PT, o deputado Luis Cesar Bueno | Fotos: Câmara de Goiânia/Facebook/Assembleia
Vereador Carlos Soares (à esq), senador Ronaldo Caiado e o presidente metropolitano do PT, o deputado Luis Cesar Bueno | Fotos: Câmara de Goiânia/Facebook/Assembleia
A fita que mostrava o cenário político das eleições na capital parece ter voltado ao ponto zero, de novo. Especialmente pela fala do presidente metropolitano do PT, o deputado Luis Cesar Bueno, na última segunda-feira (24), durante agenda com o prefeito Paulo Garcia. Antes, o parlamentar defendia ferozmente o lançamento de candidatura própria em 2016. Agora, considera o apoio do Democratas em 2016 caso seu partido indique o candidato a vice em uma chapa encabeçada pelo ex-governador Iris Rezende (PMDB).
O líder do prefeito na Câmara Municipal de Goiânia, Carlos Soares (PT), comentou nesta terça-feira (25) a mudança de posicionamento do dirigente metropolitano. “Não acredito nessa aliança, tanto é que estamosTRABALHANDO com a possibilidade de ter nossa própria candidatura”, avalia, em entrevista ao Jornal Opção Online.
E o vereador, defensor de um nome petista na ponta-de-lança no pleito de 2016, continua: “Concordar eu concordo [com a aliança], mas não acredito em Papai Noel. A realidade do DEM em nos apoiar é a mesma da nossa em apoiá-los. Muito difícil. Pelo menos a médio prazo não veremos essa aliança firmada. É lógico que apoio não se recusa, mas se eles quiserem nosso projeto… Eu não acredito que apoiem”, disse.
Contudo, Carlos afirma que em se tratando de alianças a prioridade é o PMDB e as legendas que militam à esquerda.
Já Luis Cesar, além de admitir que não há restrição para que o DEM componha com o grupo, sinaliza que a expectativa é manter aliança com o PMDB afim de preservar o comando das principais cidades, como Goiânia e Anápolis. E mais: se preciso, os quadros no interior serão ampliados com a ajuda do Democratas, que tem enfrentado estrutura cada vez mais enxuta.
Basta saber se o senador Ronaldo Caiado, presidente do partido em Goiás, irá aceitar a coalizão — até então a ideia era unir-se apenas ao PMDB irista.

Resistência interna

Internamente, o nome da deputada Delegada Adriana Accorsi tem se despontado para liderar uma possível chapa petista. Porém, enfrenta resistência de setores que apontam falta de tato político à parlamentar.
Em seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa, a filha do ex-prefeito Darci Accorsi adota discurso comedido, À reportagem, relata que o PT decidirá sua participação apenas no ano que vem. “Acredito que deve ser assim e essa discussão está acontecendo dentro do partido.”

Alinhamento PT-PMDB

Presidente Comissão Provisória do PMDB, que deve consolidá-lo na presidência do diretório metropolitano, o deputado Bruno Peixoto aponta tendência para manutenção do alinhamento com os petistas. “Até mesmo porque estamos vindo de três eleiçoes juntos. Essa é o caminho natural na capital.”

Capital e interior

O possível apoio do DEM ao PT na capital se dá especialmente pelo primeiro não ter nenhum nome representativo para a disputa. Porém, o partido e sua militância deve ser respeitada. Mantidas as proporções do destaque de Caiado nas discussões nacionais, é de se considerar o visível isolamento do senador na capital e, até mesmo, no interior.
Em Goiânia, o nome de maior peso é o do presidente da Assembleia, Helio de Sousa, que tem sangue tucano. Nas entranhas do Estado, o DEM definha, especialmente após a última ofensiva de filiações de partidos da base aliada ao Palácio das Esmeraldas.

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